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Boa noite… menino!

Queria achar uma forma carinhosa de te chamar, de me dirigir a ti. Tudo que uso, soa meio falso, inapropriado.
Menino me parece incestuoso. Amante é antiquado, demodê, não gosto. Teu nome também não, muito formal. O apelido, nem pensar, é familiar, da casa. O nome de guerra, não dá, é de todos, não transmite a intimidade que temos.
Meu bem, meu amor, não combina com o que eu sinto, com o que sentimos. Meu tesão (o que realmente és) se torna muito atrevido, meio “saliente” demais para uma pessoa angelicalmente respeitável como eu.
Está difícil definir… parece que o que sinto se assemelha ao que Prince percebia sobre si mesmo, indefinível em palavras.
Quem sabe o símbolo do infinito? Somos o infinito num átimo. Um átimo de infinito.
O que significas não pode ser denominado, só sentido.  Sentires erótico-afetivos entremeados de apreensões, tensão, medo, insegurança, ciúme. Simplesmente complexo. Complexamente simples.
Uma corda bamba num cânion de emoções. Profundas e leves… como nós.
 O que sinto não é pensável, é sentível apenas.  Tanto que, ao não saber como me expressar, titubeio. Mas me entrego, determinada, com a certeza do momento.
 Antes de seres o meu Wladimir, eras apenas um menino. Depois, foste “meu menino”;  então, preencheste tantos recôncavos em mim que te tornaste muitos.
Vou dormir. Quem sabe, no sonho, eu consiga encontrar a palavra que traduza este afeto tão peculiar que me invade quando penso em ti.
Eu